GUSTAVO H. FURNIEL
( Brasil – São Paulo )
Graduação em Direito 2009 – 2013 - Universidade Presbiteriana Mackenzie.
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Direito / Subárea: Teoria do Direito/Especialidade: Filosofia do Direito.
Mora em Campinas/SP.
BABEL Revista de Poesia, Tradução e Crítica. Ano IV - Número 6 - Janeiro a Dezembro de 2003. Editor Ademir Demarchi. Campinas, São Paulo Ex. bibl. Antonio Miranda
Ingênua Mãe
Ingênua é você, minha mãe.
Em todos os seus pensamentos.
Em toda a sua estupidez...
Ingênua é você.
Quem sabe? — agora não consiga eu dizer
Bem na sua cara:
Ingênua é você.
Por achar que me conhece
E não me conhecer.
Ingênua em todas as suas ideias.
Na sua concepção do que o mundo é.
A vida é... ingênua.
E de todas as suas invenções.
De todas as idiotices,
A da noite passada foi sem dúvida
A mais ingênua, ingênua mãe.
A mais estúpida, sem dúvida.
Seus olhos copiam
Se não posso tirar meus olhos de você
É por causa daquela mulher
Que você não é.
Mas seus olhos copiam.
Ela
Eu
amei. Não você.
Eu aprendi a amar errado
Eu achei errado
Amar você —
E de tão culpado
Que me senti.
Desamei.
Por que as coisas têm que ser assim?
Nunca soube
Amar ninguém.
Quando consegui —
De tão culpado
Que me senti —
Desaprendi
A amar você.
A violência contra as freiras
Pobres freiras, trazendo um prato
De comida na mão, ajuda os desgraçados.
Pobres mulheres de um branco intenso
Na alma, um grande vazio
No coração. Pobres coitadas.
Sofrem mais
Que os outros, a quem querem ajudar.
Travestis do desejo, transformado em pureza:
Hipocrisia é porta de São Pedro.
*
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Página publicada em janeiro de 2023
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